Porto Alegre – Parabéns aos servidores penitenciários gaúchos que hoje (16), apesar do tempo ruim não mediram esforços e se deslocaram de todos os cantos deste estado para de forma ordeira dizer que, basta de promessas vazias para com essa categoria que é e sempre foi pelo diálogo. Porém, sabemos o valor e a importância da nossa função para a segurança pública do RS em um sistema prisional, notadamente, colapsado. Com um déficit de vagas e servidores colossal, como admitiu o próprio vice-governador Ranolfo Viera. Mesmo assim, não nos intimidamos executamos nossas atribuições de forma eficaz.
Ocorre que não é razoável o tratamento que vem sendo dado aos servidores penitenciários gaúchos. Até agora não tivemos nossas promoções efetivadas, denotando um desrespeito, absoluto. Reivindicações elementares como o direito merecido da aposentação, não nos é conferido. Um mero cronograma de nomeação do cadastro reserva dos aprovados no último concurso da SUSEPE não é disponibilizado, sendo que na prática esse ato significaria economicidade. Um princípio básico da administração pública.
Esse conjunto de insatisfações é mais do que legítimo, na medida em que nos propusemos em face da crítica situação prisional a contribuir na medida do possível e propositivamente para superar essa mesma crise que, sabidamente, alimenta a criminalidade e trás, até mesmo, prejuízo financeiro para os cidadãos, além de dar causa a insegurança pública cotidiana. Portanto, não estamos pedindo nenhum privilégio estamos isso sim, lutando por direitos mínimos garantidos por lei e consequentemente por um sistema prisional mais seguro para os servidores e o povo gaúcho. E isso passa, necessariamente, por isonomia e valorização desses profissionais da segurança pública.
Por tudo isso, mais uma vez, parabéns aos colegas que vieram hoje em nome do sistema prisional dizer que não nos resta outra alternativa a não ser fazer valer nossos direitos e nossa reconhecida capacidade de mobilização. Esperamos que o governo tenha de fato compreendido o caos prisional que, apesar das dificuldades, operamos com o que pouco que temos. Contudo, não aceitaremos desrespeito nem menosprezo.
Pois, para esses homens e mulheres a palavra dada nos é muito cara, sendo muitas vezes o que evita o pior em uma casa prisional superlotada. É dai que vem o valor que atribuímos a palavra empenhada. Ocorre que, infelizmente, as palavras não vem sendo cumpridas em demandas básicas com as promoções da categoria. Enfim, queremos a paz mas por força de ofício estamos sempre preparado para a guerra. Boa luta a todos, unidos somos fortes. Vamos juntos.
Texto: Marcos Correa
Revisão: Claudio Fernandes