O Presídio de Jaguarão pode ser desativado por total a qualquer momento e a notícia deixou a comunidade, servidores e familiares de presos preocupados. O governo do Estado do Rio Grande do Sul, por meio de um ofício emitido pela Superintendência dos Serviços Penitenciários, através da 5ª Delegacia Penitenciária Regional, solicitou a desativação do Presídio Estadual de Jaguarão (PEJAG) no dia 15 de outubro e a decisão pode causar impactos na economia, dificuldades para familiares dos apenados e mudanças bruscas para servidores.
Governo não quer construir novo presídio em Jaguarão e anuncia nova unidade prisional em Rio Grande
No último fim de semana, circulou uma nota nas redes sociais de que não procederia a desativação de presídios, assinada pelo superintendente da Polícia Penal. No entanto, já começam movimentos de fechamento do presídio de Jaguarão. Tanto é que o governo já anunciou a construção de uma nova unidade prisional em Rio Grande com 1.704 vagas, com recursos garantidos pelo Tesouro do Estado, para onde serão transferidos parte dos presos de Jaguarão.
A decisão de desativação, segundo o governo estadual, é motivada pelas limitações estruturais e de segurança do prédio, situado a apenas 10 metros de residências e próximo à fronteira. O presídio, tombado como patrimônio histórico, enfrenta restrições para reformas e, apesar de ser cercado apenas por telas, não dispõe de estrutura adequada para garantir a segurança interna e externa.
Todavia, a retirada do presídio impactará a economia local, que depende dos serviços ligados à unidade, e causará transtornos significativos para familiares dos internos, que terão de se deslocar até cidades mais distantes, como Pelotas e Rio Grande, para visitá-los. Para Jaguarão, a perda de uma unidade prisional representa não só uma redução no número de empregos diretos e indiretos, mas também a perda de uma estrutura essencial para a segurança regional, especialmente em uma área de fronteira. A comunidade local e os servidores pedem a construção de uma nova unidade prisional e não o encerramento das atividades prisionais em Jaguarão.