— Enquanto estamos fazendo a obra aqui, estamos produzindo lá na fábrica. Isso dá muito mais agilidade ao processo — explica.
Em cada galeria há 18 celas, sendo 17 para oito presos e uma para dois. Mais 48 vagas estarão distribuídas em outros dois espaços, já que os apenados que trabalham na cozinha podem ficar em área separada, assim como aqueles que estarão isolados.
O modelo adotado permite que os agentes circulem pelo alto das galerias, sem precisar ter contato direto com os presos. O sistema possibilita que as celas sejam abertas e fechadas a distância.
A empresa responsável pela obra construiu outras prisões em sistema semelhante no Estado, como em Bento Gonçalves, Guaíba, Venâncio Aires e Porto Alegre.
No canteiro, operários estão preparando a área que abrigará um módulo integrado. A montagem desse espaço é considerada a mais complexa pela construtora. Com 3,6 mil metros quadrados, equivale a 60% do total a ser construído – a prisão terá 8,8 mil metros quadrados. O local contará com salas de aula, espaços para oficinas, pátio coberto, cela para visitas íntimas, entre outros.
O terreno onde está sendo construída a penitenciária era coberto por mata. Segundo o engenheiro Eduardo Citadin, inicialmente foi feita a supressão da vegetação que cobria a área, aos fundos do Zoológico de Sapucaia. Esse processo levou cerca de 50 dias. Também foi preciso fazer retirada da terra para que a área ficasse plana. A terraplenagem ainda está sendo feita em parte do terreno e deverá levar, pelo menos, mais alguns dias. A previsão é de que as outras duas galerias sejam instaladas em maio.
Permuta
Orçada em R$ 44,2 milhões, a construção da prisão está sendo realizada por meio de permuta entre o governo do Estado e a iniciativa privada. Após a finalização da obra, estima-se que serão necessários mais 60 dias para a inauguração do presídio.
Em troca, a empresa receberá o terreno do Ginásio da Brigada Militar, na esquina das avenidas Ipiranga e Silva Só, em Porto Alegre, avaliada em R$ 40,5 milhões, e uma série de imóveis do Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem (Daer). O Executivo optou por não reformar o ginásio após o imóvel ser destruído durante temporal em outubro de 2017.