A agente penitenciária Samara Segatto Rosa, de 36 anos, é a primeira mulher integrante do Grupo de Ações Especiais da Susepe (Gaes) a concluir o Curso de Intervenção Rápida em Recinto Carcerário, conhecido como CIRRC, em Brasília. Samara é também hoje a única mulher do Gaes, como integrante desde maio de 2015, e a segunda a participar do grupo.
Nacionalmente reconhecido, o CIRRC é promovido pela Diretoria Penitenciária de Operações Especiais (DPOE), ligada diretamente a Subsecretaria do Sistema Penitenciário do Distrito Federal. Para admissão no curso, a candidata precisou passou por um teste de aptidão física, que incluiu mergulho, flutuação com farda, natação, corrida, abdominal, dentre outros.
A capacitação é gratuita e a aluna responsável pelo custeio do material a ser utilizado. O curso contou com disciplinas práticas, como intervenção prisional, entrada em pátio e galeria, revista em cela, uso de tonfa, agentes químicos e escudo, algemação, imobilização, tiro com pistola .40 e com espingarda calibre 12. Também teve disciplinas teóricas, que falavam sobre Direitos Humanos e Lei de Execuções Penais (LEP), além da participação em uma intervenção real em uma penitenciária do Distrito Federal.
Durante o curso, os participantes foram submetidos a um intenso treinamento, com as mais variadas técnicas de intervenção e operações penitenciárias especiais. A integrante feminina do Gaes, concluiu com êxito o módulo básico da 20ª edição da qualificação. A seleção iniciou com 82 candidatos, mas apenas 45 alunos concluíram.
Samara é a 10ª integrante do efetivo atual do Gaes a conquistar o brevê. Durante os 11 dias de ensino em período integral, os candidatos foram submetidos a um desgaste físico e mental, mas que buscava demonstrar a importância do controle emocional, mesmo em situações adversas (como restrição de sono, cansaço, fome e frio). “Consegui superar meus limites e atingir meu objetivo. Durante o processo eram muitos ao meu lado com a mesma finalidade. Tornar-se especialista em intervenção penitenciária e voltar ao estado capacitada, podendo atuar junto à equipe em situações de crise carcerária e intervir de forma segura e eficaz, é uma satisfação”, comentou.
A agente disse, ainda, que o brevê e o conhecimento não foram as únicas bagagens que trouxe da capacitação. “Trago comigo mais responsabilidades, dentre elas, honrar meus instrutores, que se doaram para o melhor aprendizado possível e para que no retorno eu pudesse multiplicar isso em meu estado. Eu vivia um dia após o outro, uma instrução após a outra. Hoje tenho certeza que estou mais fortalecida e preparada para enfrentar situações adversas, tanto pessoais, quanto profissionais”, relatou.
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Via Caroline Paiva/Imprensa Susepe