01/10/2015 14:38:55
Foto: Ricardo Giusti/PMPA
Prefeito expressou sua preocupação com o aumento da criminalidade
Representantes de sindicatos e associações da Polícia Civil, Brigada Militar, Susepe, Bombeiros e Instituto Geral de Perícias foram recebidos pelo prefeito José Fortunati, acompanhado do vice-prefeito Sebastião Melo, nesta quinta-feira, 1. Na reunião, os servidores da segurança pública apresentaram dados do aumento da criminalidade em Porto Alegre, da redução de seus efetivos, a situação das corporações e demandas e preocupações destas categorias. Eles buscaram o apoio do prefeito para negociar junto ao governo estadual um plano de segurança para o Rio Grande do Sul e comprometeram-se a dialogar e colaborar para combater a violência.
Fortunati reafirmou que está participando desse diálogo com o governador José Ivo Sartori, para quem telefonou, antes da audiência, informando que receberia os servidores. O prefeito expôs preocupação com a criminalidade, uma vez que a Capital apresentou um aumento de 23% na taxa de homicídios e aparece como a terceira capital mais perigosa do país no anuário de segurança pública, produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. “Apesar de a área ser de competência do Governo do Estado, é na cidade que as pessoas vivem e temos a responsabilidade de construir um ambiente melhor e com mais qualidade de vida. Já venho conversando com o governador sobre o tema e somos parceiros para buscar soluções para os problemas de segurança pública em Porto Alegre”, disse o chefe do executivo.
O presidente do Ugeirm Sindicato, que representa escrivães, inspetores e investigadores da Polícia Civil, Isaac Ortiz, ressaltou a falta de investimentos no setor, que além de sofrer com falta de pessoal, equipamentos e infraestrutura, também teve reduzidas algumas ações efetivas. “As operações especiais pararam. Ao mesmo tempo, crimes que antes não aconteciam aqui viraram rotina, como tiroteios em praça pública, nas ruas, ônibus incendiados. As pessoas têm medo de sair de casa”, afirmou.
Na audiência, o prefeito expôs a situação dos municípios com a crise econômica, mostrando que novas contratações e investimentos estão fora de cogitação em qualquer ente público. Porém, reconheceu que a segurança pública é a área mais sensível para a população no momento em que o debate das soluções é urgente. “As pessoas não saem mais de casa, com isso o movimento no comércio também caiu, especialmente à noite. Isso agrava a crise. Não podemos deixar que os cidadãos de bem não ocupem os espaços públicos dando espaço para a bandidagem”, concluiu Fortunati.
Uma das maiores preocupações das categorias é com o Projeto de Lei Complementar 206/2015, que tramita na Assembleia Legislativa e pode congelar os salários dos servidores estaduais. A questão das aposentadorias é outra preocupação. A Brigada Militar teve 1.346 aposentadorias este ano e conta com mais de 800 processos em andamento. O aumento dos pedidos do benefício foi de 300% este ano.
Participaram da audiência representantes do Ugeirm Sindicato, Sindicato dos Servidores do Instituto Geral de Perícias (Sindiperícias-RS), Sindicato dos Servidores Penitenciários (Amapergs), Associação dos Sargentos, Subtenentes e Tenentes da Brigada Militar e Bombeiros (ASSTBM-RS), Associação Beneficente Antônio Mendes Filho (Abamf Brigada Militar), Associação de Bombeiros do Rio Grande do Sul (Abergs) e Associação dos Oficiais Subalternos da Brigada Militar (AOFSTBM). Fortunati encerrou informando os servidores que vai conversar com o governador para que receba as categorias para tratar de um plano de segurança para o estado.