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Rio Grande do Sul fecha 2024 com superávit de R$ 622 milhões a custa do maior arrocho salarial do funcionalismo nos últimos anos

Conforme a Secretaria da Fazenda Estadual, o caixa do governo do Estado fechou no azul em 2024. Com um superávit de R$ 622 milhões, o Palácio Piratini viu a receita corrente líquida aumentar de R$ 56,6 bilhões em 2023 para R$ 60 bilhões em 2024 – isso no ano em que o Rio Grande do Sul passou pelo maior desastre climático da história. Parte desse incremento se dá no aumento de R$ 6 bilhões de arrecadação no ICMS, que fechou em R$ 50 bilhões.
Para fins de comparação, em abril de 2024, antes do desastre climático, a arrecadação do estado com ICMS foi de R$ 4,3 bilhões, a maior até então. Dois meses depois das enchentes, em agosto, atingiu o recorde do ano, chegando a R$ 5 bilhões.

Para o Sindicato da Polícia Penal (Sindppen), segurança pública se faz com agentes da Polícia Civil, Brigada Militar, Instituto Geral de Perícias, Corpo de Bombeiros e servidores penitenciários. Esses operadores da Segurança Pública precisam de remunerações dignas, plano de carreira e direitos trabalhistas, os quais vêm sendo dizimados pelas gestões MDB e PSDB. O alto índice de suicídios entre estes trabalhadores está relacionado à sobrecarga de trabalho, falta de valorização e assistência psicológica insuficiente.
De acordo com o presidente do Sindppen, Cláudio Dessbesell, o governo Eduardo Leite tem demonstrado contumaz abandono e desrespeito para com as categorias da Segurança Pública, apesar da ostentação nas redes sociais nas estatísticas do crime e violência no RS e, ainda, comemorar a receita no azul em 2024. A que custo essa arrecadação nas contas públicas? O empobrecimento do funcionalismo só aumenta com a perda do poder de compra, tendo em visto a política de arrocho salarial de mais de uma década.
O funcionalismo público está adoecido, não sabe se chegará em casa sua energia elétrica não foi cortada por falta de pagamento. A verdade é que os trabalhadores e trabalhadoras *sorteiam* para ver qual conta a pagar primeiro.

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