Temos vivido um momento em que se busca fazer mais com menos. Prova nítida de que de SEGURANÇA estes nada entendem!
Não existem limites para a ganância, vaidade e irresponsabilidade de algumas das pessoas que estão ocupando cargos na Susepe, mesmo que o custo seja expôr os colegas e a categoria a riscos.
Os protagonistas dessa tragédia anunciada desprezam seus colegas. Vivem o desespero de mostrar para o governo que podem ser gestores melhores que os outros e a matéria para isso é expor ao máximo todo o sistema prisional a crises ininterruptas.
O método é sujeitar a categoria a todo tipo de exposição com total falta de SEGURANÇA, coagidos pelo assédio moral do dia a dia.
Uma vez que estes nada entendem de SEGURANÇA, inclusive estão na dimensão infantil de cobrar superpoderes e conduta de super-heróis dos servidores. Mais uma vez ressaltamos que estes nada entendem de SEGURANÇA, não somos super-heróis.
Pressionam a categoria a toda forma de exposição de presos e servidores e tentam demonstrar ao Estado que não é preciso investir no serviço penitenciário.
São estes gestores que estão atualmente alinhados e pensando em maneiras de como demonstrar suas façanhas….nunca SEGURANÇA!
É preciso esclarecer que as atividades prisionais transcorrem na lógica das 24 horas. Para exemplificar, o horário do meio dia, que na iniciativa privada pode ser considerado de intervalo, em um presídio é o horário em que se recolhe os presos das cozinhas e os presos da manutenção, se recebe escoltas de transferência e audiência, se fazem ajustes nos registros do livro, se divide atividades de identificação na entrada ou saída de presos, se conversa sobre pedidos de presos e atendimentos para adequar o trabalho, se divide medicação por posto ou pertences para serem entregues no período da tarde, dentre outros; e apesar de os presos das galerias estarem fechados, é horário de preservar a segurança e disciplina de modo geral.
Mas num cenário em que a SEGURANÇA não importa mais, não é pauta, nunca se conta com qualquer incidente com os presos ou entre os presos, nunca se conta com uma escolta fora da rotina; se finaliza as atividades como se o presídio fosse uma loja que fecha ao meio dia. Talvez seja a experiência de vida de quem constrói esses projetos atabalhoados e sem qualquer vínculo com a realidade do sistema prisional.
Este último é o caso de Arroio dos Ratos, onde foram retirados os cedidos que eram efetivo funcional da PEC 2, e com isto houve a diminuição de servidores. Mas numa “jogada genial”, a administração da casa resolveu fazer intervalo na hora extra. Como ninguém tinha pensado isso antes? Realmente resolvem-se todos os problemas de efetivo da Susepe com uma brilhante solução dessas (contém ironia).
É preciso dizer, “de onde surgiram essas pessoas que só fazem besteiras e dão ideias estapafúrdias na nossa instituição?
O que pretendem com isso, para além de dar demonstração clara do desprezo que possuem pela própria atividade que desempenham?
Onde se pretende chegar com essa atitude servil e desmedida, procurando economizar meia dúzia de trocados gerando transtornos para o funcionamento das atividades prisionais?
É sabido que todo servidor em escala de serviço ou hora-extra, desde que adentra o espaço prisional já está em serviço.
A aspiração é ter períodos de trabalho gratuito do servidor?
Quanto de economia para o estado gera esse intervalo estapafúrdio de horas-extras?
A intenção é ser piada no estado? Pela falta, inclusive, de noção de valores significativos para o estado.
O servidor que estiver em EP no caso de um amotinamento de presos vai dizer para seu colega ou numa Corregedoria que não atuou porque estava no intervalo a que está obrigado?
Não vemos que essas mediocridades nos apequenam diante do Estado e das demais corporações de Segurança?
A intenção destes ocupantes de cargos é destruir com a Susepe?
Afirmo que possuímos grandes colegas, classistas, e grandes profissionais nas gestões de casas prisionais e departamentos. Porém, hoje, existe um grupo de pessoas que está pregando esta filosofia distorcida que em nada irá nos beneficiar, só nós colocam mais vulneráveis.
Peço a compreensão sobre este texto, pois não quero generalizar, mas ações como estas que exponho aqui se sobrepõem aos interesses do coletivo, precisamos nos manifestar.
Segue anexo uma grade que me foi repassada, e onde podem visualizar e compreender o modelo adotado, da qual fazemos total discordância.